«Marca qualquer banda tocar no local onde nasceram os Beatles para o mundo. Aconteceu em 2011 e fomos, na altura, a primeira banda portuguesa a fazê-lo. Por isso foi, de facto, o nosso momento mais alto», explicou à Lusa Jaime Parente, líder dos Jarojupe.
Foi na década de 1970 que os irmãos Parente, três rapazes e uma rapariga, começaram a tocar juntos, em Viana do Castelo. Mas, «a sério», tudo começou em 1981.
«Foi aí que começámos a escrever os nossos temas originais, em português, inglês e castelhano. Tudo começou a ser levado mais a sério», acrescentou.
A relação entre os irmãos é tal que o nome da banda foi buscar as duas primeiras letras dos nomes dos quatro. «Ficou "Ja" de Jaime, "ro" de Rosa, "ju" de Juca e "pe" de Pedro. Muitos não sabem, mas o nome Jarojupe vem desta brincadeira», sublinha Jaime, também o irmão mais velho.
Actualmente a banda faz-se com três «Parentes», depois da saída, por motivos profissionais, da irmã Rosa.
«Desde os nossos 15 anos que tocamos todos juntos. Já lá vão muitos anos mesmo, mas continua a ser como no início, pelo prazer», assume, recordando outros «feitos» do grupo: «Já fizemos concertos com grupos como Jesus and Mary Chain, The Stranglers, Iron Maiden e Gene Loves Jezebel e por isso posso dizer que temos alguma história».
Os Jarojupe foram lançados para o panorama nacional, como fazem questão de sublinhar, pelo «amigo» Júlio Isidro, através do programa televisivo «Febre de Sábado de Manhã». Antes, já tinham chamado a atenção pela vitória no concurso Grande Noite do Rock, que deixou em segundo lugar os Sétima Legião.
A comemorar 30 anos de carreira, a banda vianense edita agora o mais recente trabalho, «Disco de Vinil», descrito como o «mais maduro de sempre», numa colecção que já ultrapassa a dezena de discos.
Cantado em português e castelhano, o novo álbum vai ser apresentado entre Fevereiro e Março, em showcases, o primeiro já no domingo, na FNAC de Guimarães.
In IOL Música