Em tempo de quase nada
com medo de quase tudo
temos a alma quase calada
e o coração quase mudo
Nem o céu nem o vento
nem a terra ou o mar
nos ajuda neste momento
que nosso sentir temos que calar
Desesperamos com a espera
lamentamos o tempo perdido
vai um grito pela atmosfera
de global este nosso gemido
Nem bonito nem feio
nem forte nem doce
não vemos o fim nem o meio
pelo menos o possível que fosse
Esperamos por outra altura, outro dia
crentes noutras ilusões
onde talvez tenhamos a alegria
de viver outras sensações
Vai ter que ser
diferente do que agora é
de certeza que vamos ter
o que acreditamos com fé
Se pudermos ser nós
só nos resta alguma fantasia
enquanto durar a nossa voz
e tivermos... a poesia.
Sem comentários:
Enviar um comentário